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Homossexualidade e cristianismo, é possível a convivência? - Parte I

  • laykamila
  • 10 de set. de 2014
  • 3 min de leitura

Por Dom Henrique Soares, bispo de Palmares.


Vai de vento em popa na nossa sociedade a canonização da prática homossexual, a este respeito, gostaria de propor algumas reflexões – e peço que você, meu caro Amigo, procure ponderar bem o que estou dizendo. Não gostaria aqui de levantar bandeiras ou promover cruzadas.


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Leia com calma o que escrevo, procurando compreender e contextualizar minhas palavras no todo do que quero dizer.


Quero deixar claro que falo para cristãos, para aqueles que desejam orientar sua vida e seu pensar segundo o Evangelho tal qual recebemos da Tradição Apostólica e nos é ensinado pela Santa Igreja de Cristo. Meu objetivo aqui é somente ajudar os católicos a pensar este complexo tema da homossexualidade à luz do Cristo Jesus. Só isto! Eis os tópicos que gostaria de apresentar:


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É necessário que as pessoas homossexuais sejam respeitadas e não sejam estigmatizadas por suas tendências sexuais. A violência contra homossexuais – sejam elas físicas ou morais – é um crime e, diante de Deus, um pecado.

Cada pessoa deve ser respeitada com suas características e sua história, suas escolhas e seu modo de viver, desde que isto não prejudique os demais.

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Também é correto desejar que cada pessoa tenha o direito de viver sua vida de acordo com seus valores e sua consciência, desde que respeitando o bem comum e as normas da boa convivência social.

No entanto, não é aceitável que minorias homossexuais organizadas queiram impor a toda a sociedade seus valores e seu modo de pensar, destruindo o sentido genuíno do que seja família e do que seja casamento...

Por exemplo: Se duas pessoas do mesmo sexo desejam viver juntas "maritalmente", é um direito de escolha delas. Também é um direito delas que a legislação preveja os direitos e deveres oriundos dessa convivência. Mas, não é um direito querer impor a toda a sociedade chamar esta situação de "matrimônio", pois aqui se muda o conceito de matrimônio da totalidade da sociedade! Uma coisa é respeitar o direito de uma minoria, outra, bem diferente, é uma minoria impor a toda uma maioria a mudança de valores fundamentais como a família e o matrimônio como relação estável e aberta à vida entre um homem e uma mulher. O direito de uns não deveria solapar o direito de outros!

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O sincero respeito que se deve ter pelos homossexuais não deve e não pode significar que todos tenham a obrigação de fazer uma avaliação positiva da homossexualidade e, mais ainda, da prática homossexual. Respeitar a pessoa, suas tendências, suas opções, sim. Quanto à avaliação de suas ações e modo de viver, depende dos critérios que alguém tome como norte e sentido da existência humana... Assim, para um ateu, o critério é ele próprio e seu modo de pensar; ele mesmo é sua medida - e nisto deve ser respeitado! Para um crente, o critério do certo e do errado é o próprio Deus: ao que Deus chama errado, o crente somente poderá chamar de errado também! Assim sendo, para um cristão, o critério de tudo - também das questões ligadas à sexualidade - é o Cristo tal qual crido e anunciado pela Igreja dentro da Tradição Apostólica. O cristão não se funda nas modas, não fundamenta seus critérios na voz da maioria, mas em Cristo Jesus, como Verdade última para a humanidade. O cristão deve respeitar a opinião dos demais, mas a sua opinião funda-se em Cristo Jesus!

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Pensemos agora num cristão homossexual. Para um mundo pagão como o nosso, para pessoas que não têm como critério o Evangelho, ser homossexual e viver a homossexualidade não são problema algum; como não o é a infidelidade conjugal, como não o são as relações pré-matrimoniais e outras realidades mais... E por que isto? Porque não se crendo em Cristo, não é Ele o critério! E qual é o critério? Em geral - e digo com todo o respeito! - o critério dos não-crentes são eles próprios, seu modo de pensar, sentir e viver...

É um direito deles: pensarem e viverem como desejarem!

Mas, para alguém que creia em Cristo e deseje viver segundo a fé cristã, o ser homossexual traz sim dificuldades, conflitos e dores. E isto porque o critério da vida de um cristão não é a moda, não é a mentalidade dominante, não é nem mesmo a própria pessoa; o critério é a norma do Evangelho, expressa na fé da Igreja.



Continuaremos a reflexão no próximo post, parte II, abordando as temáticas: "Caia na Real Cristão!", "Eu nasci assim?", "Aos pais com filho homosexual", "És mesmo feliz?".


Transcrição por Layla Kamila

Setor Juventude


 
 
 

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